A questão cultural do índio no Brasil contemporâneo

Os verdadeiros donos do Pau-brasil

     Quando os Portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, os índios aqui presentes sofreram com exploração, escravização e com processos de aculturação. Hodiernamente, mesmo com o assunto da tolerância em pauta, muitos destes problemas se perpetuam até os dias atuais. Tal fato pode ser evidenciado pelas disputas de terras indígenas em detrimento da falsa sensação de avanço nos campos agropecuários e energéticos.

      Nesta perspectiva, quando os lusitanos dividiram as terras em capitanias hereditárias e sesmarias, criaram dois problemas associados: Latifundiários e ignoravam os territórios indígenas. Esta estrutura fundiária existe até hoje, só que através de grandes empresários do ramo agropecuário. Assim, em busca de alcançar mais campo para criação de gado e/ou agricultura, uma guerra entre donos de terras e índios é travada, sendo estes últimos os que mais saem prejudicados.

   Vale lembrar ainda que o processo de globalização e a mídia também corroboram para a aculturação indígena. Estes, apresentam aldeias ao público em geral e mostram os índios como um povo hegemônico e retrógrado. Neste contexto, ignoram a diversidade cultural interna entre os povos indígenas e gera uma sociedade inerte frente aos problemas enfrentados por eles.

     Observa-se, portanto, que existe uma grande diversidade entre os verdadeiros donos do Brasil que vem sendo destruída ao longo da história. Senso assim, para evitar isso, o governo deve garantir o direitos aos índios através da criação de cotas indígenas em provas pública, assim como também, garantir mais autonomia política aos órgãos que trabalham junto aos índios, como a FUNAI. Faz-se necessária, também, a ação de ONGs que apoiem judicialmente as aldeias em processos contra os latifundiários. Assim, garantindo a perpetuação da cultura indígenas para as futuras gerações e que esses não os conheçam apenas através dos livros de história.