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Histologia do sistema urinário

O sistema urinário é o maior sistema excretor do nosso corpo, eliminando eletrólitos e substâncias indesejadas - como o produto de nosso metabolismo -, através da excreção na urina. Essas características dão ao sistema urinário um outro importante efeito: importante mantenedor da homeostasia.

Aqui, iremos buscar entender as características morfológicas dos rins e de seu componente funcional que é o néfron. Compreenderemos, assim, a organização de todo trato urinário: túbulos proximais e distais, alças de Henle, túbulos e ductos coletores, vias urinárias e etc.

O fluxo sanguíneo renal é muito alto, cerca de 1 litro por minuto. Desses 1 litro, 125mL  são filtrados. Esse filtrado ainda não é urina, mas sim o plasma sem proteínas e sem moléculas grandes. Dessa forma, o filtrado continua ao longo dos túbulos renais e os elementos necessários serão reabsorvidos, representando 124mL. Assim, a cada 1 litro de sangue que passa pelos rins (ou a cada minuto), 1 mL vira urina. Gerando em todo de 1300mL a 1500mL de urina por dia.

Os rins apresentam inúmeras outras funções além da filtração. Assunto esse que você pode aprender assistindo nosso vídeo no Youtube sobre o assunto clicando aqui.

O sistema urinário é formado pelos rins e vias urinárias. Sendo que as vias saem dos rins e vão até o meio externo. Os rins, por sua vez, são formados pelos cálices maiores e menores, pelve renal, ureteres (que vai desembocar na bexiga). A bexiga armazena a urina até os reflexos de micção causados pela distensão da parede da bexiga atingirem um nível que resultará na eliminação da urina guardada através da uretra para o meio externo.

O rim é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. O rim é dividido em duas regiões: a região central, conhecida como medula e a região periférica, conhecida como córtex.




A região medular é formada pelo estroma (sustentação) e parênquima (estruturas funcionais). O estroma é de tecido conjuntivo frouxo e o parênquima é formado por unidades de néfrons.

O estroma preenche os espaços entre os túbulos e os vasos sanguíneos (que são mais abundantes na região medular). O estroma é constituído por fibras do conjuntivo, principalmente as reticulares. Nessa região, vamos encontrar uma célula chamada intersticial, que é mais abundante na região medular é é produtora de eritropoietina.
TCP = Túbulo contorcido proximal/ TCD = Túbulo contorcido distal/ Elipse pontilhada= mácula densa

Essa parte de sustentação faz o preenchimento das unidades funcionais no parênquima, que forma as pirâmides renais. A quantidade de pirâmides de um indivíduo pode variar entre 10 a 18. A pirâmide tem uma base dilatada e um ápice um pouco mais pontiagudo (veja a figura), sendo esse ápice chamado de papila. A papila renal é perfurada por 10 a 25 ductos que coletam a urina de diversos néfrons para a os cálices renais. Essa área das perfurações é chamada de área crivosa da papila renal.

O parênquima renal da medula é formado por: segmento delgado da alça de Henle, túbulo coletor, ducto coletor e vasos retos.

A pirâmide renal (ou de Malpighi) é subdividida em duas regiões: interna, mais próxima da papila, e externa. Quando há uma isquemia renal, a região interna é a que mais sofre as consequências, pois nestas circunstâncias o sangue pode não chegar nesta região.

 Alguns néfrons não chegarão na zona interna. Estes são chamados de néfrons corticais (mais próximo da margem do rim) e/ou néfrons de alça (de Henle) curta. Outros néfrons alcançarão a zona externa, ficando conhecidos como néfrons justamedulares (próximos da medula) e/ou néfrons de alças longa. No mesmo problema do parágrafo passado, os néfrons de alça longa sofreriam mais com uma isquemia, pois só eles alcançam a zona interna.

Região cortical

Também dividido em estroma (bastante escasso) e parênquima. O parênquima da região cortical é formado pelos componentes do néfron: corpúsculos renais, TCP e TCD.

Quando o corpúsculo começa, saem os túbulos contorcidos proximais, que tem, no final uma porção reta que já vai se tornar alça de Henle. A alça de Henle, por sua vez, dará o túbulo contorcido distal e posteriormente o túbulo coletor.

A porção reta do túbulo contorcido proximal, parte reta do túbulo contorcido distal e túbulo coletor vão formar o raio medular.

A porção de raios medulares formam a chamada porção radiada da região cortical. Na região cortical também podemos encontrar a porção convoluta, que é enovelada e é formada pelas partes enoveladas do túbulo contorcido proximal e distal, pelo corpúsculo renal e vasos sanguíneos.

Os rins são divididos em segmentos, lobos, lóbulos e néfrons.

São 5 segmentos, com inervação e vascularização independentes e néfrons próprios. São: segmento superior, inferior, posterior, anterosuperior e anteroinferior. Com também 5 artérias para cada segmento.

O lobo é formado por cada pirâmide + o tecido cortical ao redor.  Os segmentos e os lobos são áreas cirúrgicas anato-independente.

O lóbulo renal é formado por cada raio medular + o tecido cortical ao redor.

A última unidade são os néfrons, a unidade funcional dos rins, onde ocorre o processo de filtração.

O néfron é organizado em porção dilata, que consiste no corpúsculo renal, e a parte tubular, que consiste no túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal e alça de Henle, com seus segmentos delgado e espesso. Há dois tipos de néfrons: os corticais, também chamados de alça curta e os justamedulares, também chamados de alça longa.

Os corpúsculos renais é uma porção dilatada e apresenta um pólo urinífero (onde começa os túbulos_ e um pólo vascular, por onde entrar as arteríolas. Entre a arteríola aferente e eferente, encontramos vários capilares, chamados de glomerulares, formando um sistema porta. O corpúsculo é constituído por arteríola, cápsula de Bowman e o glomérulo.

As arteríolas são aferente e eferente. A aferente tem um diâmetro maior do que a eferente, sendo que esta última tem uma camada muscular mais espessa, para que haja diferença de pressão e, consequentemente, filtração.  A arteríola aferente sofre uma modificação na túnica média quando chega próximo ao corpúsculo renal, onde suas células musculares vão formar células globosas ou epitelióides, formando o que chamamos de células justaglomerulares, produtoras de renina.

Os glomérulos é um tufo de capilar, originados da arteríola aferente em direção a eferente. Os capilares encontrados nos rins são fenestrados sem diafragma. Na constituição histológica do glomérulo temos o endotélio, que é um epitélio simples pavimentoso com carga elétrica negativa, e a lâmina basal. A lâmina basal também tem carga elétrica negativa e apresenta duas lâminas: a camada lúcida interna, formada por glicoproteína e a camada lâmina densa, formada por colágeno do tipo 4 e 7.

O terceiro componente do glomérulo é o mesângio. O mesângio é uma área que envolve várias alças de capilares. O mesângio é constituído por uma matriz de glicosaminoglicanos e também por células chamadas células mesangiais. Essa células mesangiais entre os capilares são chamadas de células mesangiais glomerulares. Ela é uma célula estrelada que se situa entre o endotélio e a lâmina basal do capilar, com filamentos contráteis (actina e miosina) que contrai a parede do capilar. Também tem uma função de sustentação desse espaço formado entre as alças de capilares.

A cápsula de Bowman é divida em dois folhetos: parietal e visceral. O parietal reveste toda superfície externa do corpúsculo e no polo vascular ele invagina e sai revestido as alças capilares, formando o visceral.

O folheto parietal é simples pavimentoso e uma membrana basal por fora. O folho visceral, quando invagina, sofre uma modificação e suas células simples pavimentosas tornam-se células globosas com grande quantidades de prolongamentos chamadas de podócitos. Os podócitos continuam com a membrana basal. Do corpo celular saem os prolongamentos primários, de onde saem os prolongamentos secundários de onde saem os pedicelos. O espaço entre os prolongamentos dos podócitos formam as fendas de filtração, que é delimitada por uma membrana chamada de diafragma. Assim, quando o sangue sai do capilar ele tem que passar pela endotélio do capilar, membrana basal (formado pelas lâminas basais do capilar e dos podócitos) e pela fenda de filtração.

Dentro do podócito há filamentos de actina e miosina. Assim, o podócito tem função contrátil. A actina, por sua vez, também serve de sustentação para o diafragma, pois está de um lado para o outro na célula.

No microscópio, as células mais claras e maiores são os podócitos e as mais escuras e menores são as células mesangiais.

Lembrem-se: membrana basal é formada de duas formas: ou pela fusão de duas lâminas basais ou de uma lâmina basal mais uma lâmina reticular. Sempre a lâmina basal é formada por duas camadas: uma mais clara interna formada por glicoproteína chamada de zona lúcida; e uma mais externa mais densa formada por proteína de colágeno tipo 4 e 7 que é a lâmina densa. Quando duas lâminas basais se unem para formar a membrana basal, elas se “conectam” na lâmina densa, sendo visível uma lâmina densa e duas lâminas lúcidas.

Túbulos renais:

Começam no pólo urinário e terminam na desembocadura do túbulo coletor. Temos o TCP, alça de Henle e TCD, com as características que já vimos. 

TCP: Constituído por epitélio simples cúbico com uma membrana basal, com uma parede bem espessa e uma luz estreita. Apresenta borda em escova. São bastantes acidófilos pela grande quantidade de mitocôndrias, que são necessárias para abastecer a demanda das várias bombas do transporte ativo na reabsorção e secreção no TCP.  Cerca de 85% do filtrado é reabsorvido no TCP. 

 TCD: Originado depois do segmento espeço da alça de Henle, passa pelas duas arteríolas (aferente e eferente), toca na parede da arteríola aferente e continua. É constituído de epitélio simples cúbico mais baixo, menos acidófilo e tem um lúmen maior. No local em que toca a arteríola, suas células sofrem uma modificação e tornam-se células cilíndricas e compactas, formando uma estrutura chamada de mácula densa.

As células da mácula densa têm osmorreceptores. Elas são vizinhas das células justaglomerulares, que produzem a renina, que participa do sistema de renina-angiotensina-aldosterona, que regula o fluxo e a osmolaridade da urina, através da reabsorção de sódio. A angiotensina também pode contrair a parede do vaso e aumentar a volemia.

No espaço entre as células justaglomerulares vamos encontrar células mesangiais extraglomerulares, que também são osmorreceptores.

Esse conjunto de mácula densa, células mesangiais extraglomerulares e células justaglomerulares são chamados de aparelho justaglomerular. 

Alça de Henle: tem dois segmentos: o espesso e o delgado. O segmento delgado é constituído por células epiteliais simples pavimentosas + lâmina basal. O segmento espesso é constituído por um epitélio simples cúbico, mais baixo que o túbulo coletor. 

O túbulo coletor é uma continuidade do TCD. Vários túbulos coletores vão se fundir para formar o ducto coletor no final da região medular. O túbulo coletor é encontrado tanto no córtex quanto na medula, mas o ducto é encontrado somente na medula. Os ductos coletores tem epitélio simples cúbico, com diâmetro maior e maior quantidade de células. Os ductores coletores maiores, encontrados já perto da papila, na parte crivosa, apresentam um epitélio simples cilíndrico simples. 





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