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Imunologia - Aula 1 - História e conceitos básicos

 Propriedades gerais das respostas imunes

A imunidade é a capacidade a resistir a invasores. A imunidade quer dizer isenção em manifestar uma doença. Imunidade vem de “Immunistas”, onde alguns eram isentos de pagar os impostos. O sistema imune é um conjunto de células e moléculas responsável por essa imunidade.
O sistema imune é bom para defesa e monitoramento, mas também apresenta problemas, falhas, distúrbios. Temos 3 falhas:
·         Hipersensibilidade: uma reação exagerada do sistema imune a uma substância percebida como estranha ao organismo. Ex.: Rinite alérgica ou dermatite atópica.
·         Autoimunidade (uma agressão ao próprio, agredir as proteínas próprias) – Quando os nossos linfócitos, ao invés de tolerar o que é próprio, eles passam a ter uma resposta ao que é próprio.
·         Imunodeficiências: (primários ou congênitas) ou (secundárias ou adquiridas)

A resposta do sistema é uma ação coordenada e organizada do sistema imune dada à presença de um estímulo, normalmente um agente infeccioso.

História da imunologia

1796 - Edward Jenner estava olhando as ordenhas dele e as mulheres que tiravam os leites da vaca. Então ele percebeu que as mulheres que tiravam leite das vacas que tinha a varíola bovina e tinham contato com as pessoas que tinham a varíola humana, não pegavam a doença.
Então ele fez um experimento: pegou a fístula da varíola da vaca e inseriu em um menino de 8 anos e soprou na narina do menino (cara doido). Pegou, depois, a fístula da varíola humana e inoculou e soprou na narina do  mesmo menino (pirado) e ele não ficou contaminado pela doença. Ou seja, o menino desenvolveu uma imunidade.

Vacinação vem de vaccinus que significa: da vaca.

Assim, ele desenvolve a vacina para a varíola, que já foi erradicava em 1979, a primeira doença erradicada. Ou seja, ele desenvolveu a ideia da vacinação: entra em contato com o microorganismo e depois ele vai desenvolver uma defesa.

·         1883 – Elie Metchnikoff demonstrou fagócitos em torno de um espinho espetado na estrela do mar – imunidade celular. Ele inseriu um espeto em uma estrela do mar e logo depois cresceu células ao redor do espeto e ele pensou que elas estavam tentando tirar o espeto.
·         1886 – Robert Koch – provou que doenças infecciosas eram causadas por microorganismos, cada um responsável por uma dada enfermidade ou patologia. Hoje, define-se 4 grandes categorias de patógenos: vírus, bactérias, fungos e protozoários.
·         1880 - Emil Von Behring e Shibasaburo Kitasato descobriram que o soro de indivíduos vacinados continha substâncias – que chamaram de anticorpos – que se ligavam especificamente aos agentes infecciosos.
o   Parêntesis para falar do soro: O sangue é formado por plasma, que é a parte líquida e os elementos figurados: eritrócitos, leucócitos e plaquetas. O soro é o plasma sem as proteínas da coagulação. Lembrar que o fibrinogênio é apenas um dos fatores para a coagulação, então falar que o soro é o plasma sem o fibrinogênio é errado. Em um exame de sangue nós também temos, além da bioquímica (dosagem de carboidratos, por exemplo), temos também a sorologia, que é a parte que mais envolve a imunologia, que mede os anticorpos, antígenos e complexos imunes. Se fôssemos dosar os anticorpos diretamente no plasma, poderia dar um resultado diferente por causa das proteínas que são os fatores de coagulação.
·         1900 – Sir Almroth Wright Observou que fatores presentes no soro intensificam a fagocitose de bactérias por recobri-las – OPSONIZAÇÃO (processo de facilitação da fagocitose). As proteínas que marcam, que amplificam a visualização do que deve ser fagocitado são as opsoninas. As opsoninas ficam livrem, mas quando veem um agente estranho, elas se ligam e sinalizam aos fagócitos.
·         1900 – Paul Ehrlich postulou que as células imunes utilizam receptores (cadeias laterais) para reconhecer toxinas microbianas e secretar substâncias para combater os microrganismos (antiköper). Ou seja, ele disse que anticorpos, antes de serem produzidos e secretados nos corpos, são receptores celulares. Ou seja, existem anticorpos na forma membranar e solúvel. Essa célula que tem esses receptores seria o linfócito B, que produzem os anticorpos.
·         As substâncias que estimulam a produção de anticorpos foram chamadas de antígenos. Recapitulando, o antígeno vai até o linfócito B e se liga aos receptores e induzem a produção de anticorpos.

*Anticorpo é uma proteína gerada contra um corpo estranho.

Observação: Alguns livros diferenciam os antígenos, de imunógenos, epítopos, adjuvantes e hapteno.
·         Antígenos: são quaisquer substâncias que podem ser reconhecidas pelas células do sistema imune ou anticorpos.
·         Imunógenos: são quaisquer substâncias capazes de induzir uma resposta imune.
·         Epítopos: Sítio, área ou região imunologicamente ativa do antígeno.
·         Adjuvantes: Substâncias inoculadas conjuntamente com a vacina com o objetivo de aumentar sua imunogenicidade.
·         Hapteno: Substância de baixo peso molecular que isoladamente não induz uma resposta imune. Porém, quando associada com uma proteína carreadora, torna-se um imunógeno.

Revisão: Vejam só, temos uma aula do sistema imune, temos substâncias que são reconhecidas por receptores laterais. Essa substância pode ser reconhecida e não gerar uma resposta (antígeno). Se ela é reconhecida, ativou a célula e induziu uma resposta, como a produção de anticorpos ou citocinas, ela é um imunógeno. Mas, por outro lado, como já disse, nem todo antígeno vai levar a uma resposta. O epítopo são as regiões que são reconhecidas. Por exemplo, a área da parede de uma bactéria que induz uma resposta imunológica.

https://docs.google.com/document/d/1-8tyeQ3A0yBF7cpjPyNrrXQr6qsZTYbC/edit?usp=sharing&ouid=115272958478805811733&rtpof=true&sd=t...