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Resenha do Livro "A alma da ciência"




História, ciências e apologética


       Com uma divisão claramente delimitada, a autora explorou a filosofia, a história, as revoluções científicas, a biologia, a matemática, a física e por fim, a química.
      De princípio, o principal objetivo do livro foi de destruir a ideia de que a ciência e o Cristianismo são incompatíveis. Repleta de citações históricas, a autora explorou o idealismo histórico e buscou mostrar que basicamente todo cientista e escolas do conhecimento tiveram, têm e são influenciados por suas bases filosóficas, sejam ela Cristãs ou céticas. Assim, em um grande passeio pela história e citações, a autora desvinculou, com competência, a ideia de que a religião era ou é contrária à ciência. 

      O livro também explorou, no ramo da filosofia, as duas principais tradições de pensamento que seguiram por boa parte de nossa história e ecoam até os dias de hoje: A visão Aristotélica e a visão Neoplatônica. Assim, a escritora destrinchou suas consequências, motivações e variâncias dentro da história, tendo-as vinculados com o reducionismo, o mecanicismo, o idealismo, ceticismo e várias outras linhas de pensamento. 
      Dentro das ciências naturais, a autora deixou bem fixa a sua estruturação, que de forma simples se repetiu em toda as abordagens: Fundamentos da ciência, início da ciência, revolução da ciência, vínculo da ciência com as linhas de pensamento, mudanças no pensamento da ciência, como a ciência se comporta no dia de hoje e uma abordagem-resumo final. Estrutura essa que foi utilizada para a matemática, física, biologia e química, com uma abordagens que compartilharam o mais imparcial conhecimento com uma linguagem simples, instrutiva e acessível. 
       Vindo de Nancy R. Pearcey e Charles B. Thaxton, no entanto, o livro não poderia ser finalizado de forma diferente: Uma defesa fiel e científica da teoria do Design Inteligente. Pegando o gancho da química/biologia - último assunto tratado - os autores interligaram o tema da teoria da informação e argumentos pró-criacionismo. Nesse sentido, também não deixo críticas em relação à abordagem ao tema: Impecável, linguagem simples e bem estruturada, argumentativamente falando.
     Dessa forma, temos um ótimo livro que vai da filosofia, passa pelas ciências e chega até a apologética. Assim, faço das palavras do Dr. David Shotton, do departamento de zoologia de Oxford - que vieram na sinopse do livro - as minhas: "Um livro que deveria ser lido por todos os cristãos que pensam". Mas acrescento, é um livro que deveria ser lido por todos, independentemente de suas posições ideológicas.

Uma breve análise sobre o Acaso

 Sobre o acaso, se faz necessário iniciar tratando dos seus três principais significados e definições, afinal, não faz sentido buscar entender algo sem saber sobre o que estamos tratando. Assim, temos a "evolução" do seu significado e mais adiante o destrinchamento de suas relações.

I. Conceitos de acaso

I.I. Aristóteles e outros filósofos clássicos tinham como acaso a intersecção fortuita de duas ou mais linhas de casualidade.
I.II. Conceito hodierno de acaso, onde este passa a ser a ausência de qualquer ordem.
I.III. Já entre os naturalistas e materialistas, especialmente, o acaso é uma grande causa, o acaso aqui passa a ser o "é" e não o "não é", dado o segundo ponto. Mesmo assim, este também carrega um conceito acaso cego e não inteligente.

II. Acaso e ateísmo

Com o ateísmo consideram o acaso sendo ou a falta de uma causa ou a própria causa, é retirado a ideia de um criador de seu trono cósmico. Ambos são mutualmente excludentes. Se o acaso existe, Deus não está no controle total do universo.

III. A natureza do acaso

A definição da palavra acaso depende parcialmente da cosmovisão a ser empregada. Dois usos são confundidos: acaso como probabilidade matemática e acaso como causa real. O primeiro é apenas abstrato. A probabilidade não é acaso ou fruto dele pois toda probabilidade é dada a partir das circunstâncias da utilização e de fatores que a geram.

IV. Atribuir poder ao acaso

Os que acreditam no acaso como lei geral, certamente também acreditam em mágica, não em ciência. As leis científicas lidam como o regular e não com o irregular - como o acaso se apresenta. As lei da física, química ou matemática não causam nada; apenas descrevem a maneira como as coisas acontecem regularmente no mundo como resultado das causas físicas.

V. Por lógica temos

O acaso não é uma entidade > não entidades não tem poder porque são o não ser > Dizer que algo acontece ou é causado pelo acaso, é atribuir poder instrumental ao nada.
 É um absurdo afirmar que nada produziu algo.

VI. Causas inteligentes e resultados do acaso

 Causas inteligentes podem justapor-se ao "acaso".
 Por detrás de toda aleatoriedade existe um princípio racional. Neste sentido de acaso, o "acaso" e Deus podem coexistir.

VII. Conclusão

Estritamente falando, o acaso não pode causar ou originar o complexo, quiçá o universo e a vida. Todo evento tem uma casa. Já que o universo manisfesta um complexo irredutível que aponta para uma inteligência, é razoável supor uma causa inteligente. O acaso ou a casualidade aparente (como a loteria ou a mistura de moléculas de ar) faz parte de um desígnio geral, inteligente, na criação.


 Primeira postagem com conclusões baseadas na enciclopédia de apologética de Norman Geisler.

Listagem de Grandes Cientistas Cristãos

    Nos dias de hoje existe uma falácia que rondeia não só o meio cético, mas também entre os teístas, a ideia de que a fé e a racionalidade são totalmente incompatíveis. A partir disso, muitos pensam, por exemplo, que áreas que envolvem a criticidade e o questionamento como a filosofia e a ciência são inconciliáveis com uma vida de autenticidade Cristã. Enganados.
    Diante disso, em nossa primeira postagem sobre 'apologética' fizemos uma pequena passagem sobre a importância que o cristianismo teve sobre a ciência e nessa estarei disponibilizando a maior prova que desmistifica essa estória: fatos! Apresento-vos-lhe uma lista de grandes nomes que tiveram notável importância no campo das pesquisas científicas e acrescentaram para o conhecimento e avanço intelectual para a humanidade.

Alberto Dou Mas de Xaxàs – Um dos matemáticos mais importantes da Espanha. Foi membro da Academia Real de Ciências e um professor de Matemática na Universidad Complutense de Madrid e foi Reitor da Universidad de Deusto de 1974 a 1977;
- Antony Hewish – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1974;
- Arno Allan Penzias – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1978;
- Arthur Holly Compton – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1927;
- Arthur L. Schawlow – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1981;
- Blaise Pascal – Matemático;

- Brian Kobilka  Bioquímica, Prêmio Nobel Americano de Química de 2012;
- Carl Friedrich von Weizsäcker – Físico nuclear alemão e co-descobridor da fórmula de Bethe-Weizsäcker;
- Carolus Linnaeus – Fundador da Biologia Sistemática Moderna;
- Charles Babbage – Matemático e criador do computador;
- Charles Bells – Anatomista - o primeiro homem a mapear extensivamente o cérebro e o sistema nervoso;
- Charles Townes – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1964;
- Francis Collins – Geneticista, Diretor do Projeto Genoma Humano;
- Friedrich Dessauer  Físico, pai da engenharia biomédica;

Gerhard Ertl – Físico, Prêmio Nobel de Química em 2007;
- Georges Cuvier  Fundador dos estudos da Paleontologia e Anatomia Comparativa;
- Georges Lemaître  Engenheiro, Físico, Astrônomo, pai da teoria do “big-bang”;

- Gottfried Wilhelm Leibniz - Matemático, engenheiro e filósofo;
- Gregor Mendel – Pai da Genética;
- Isaac Newton – Formulador da estrutura matemática para o cálculo dos movimentos de todos os corpos do Universo, formulador da Lei da Gravidade, criador do telescópio refletor, etc...;
- Johannes Kepler – Astrônomo e matemático;

John Archibald Wheeler – Um dos últimos colaboradores de Albert Einstein, tentou formular a concepção de Einstein de uma teoria do campo unificado, introduziu a Matriz S, fundamental na física de partículas, foi um dos pioneiros na teoria de fissão nuclear e também é conhecido por cunhar o nome popular para o fenômeno espacial das estrelas colapsadas gravitacionalmente, a expressão buraco negro;
- John Bartram - Botânico – classificou praticamente todas as plantas existentes dos EUA, em sua época;
- John Dalton - Químico, Meteorologista e Físico. Foi um dos primeiros cientistas a defender que a matéria é feita de pequenas partículas, os átomos. É também um dos pioneiros na meteorologia;
- John Flamsteed – Astrônomo, criador do primeiro catálogo de estrelas moderno; 
- John Mitchell - "O pai da Sismologia" e o primeiro a considerar a existência de buracos negros;
- John William Strutt – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1904;

Joseph H. Taylor, Jr – Astrofísico, Prêmio Nobel de Física de 1993;
Joseph Murray - Médico, Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1990;
J. Laurence Kulp – Liderou importantes estudos sobre os efeitos da radiação nuclear e chuva ácida;
- Karl Ernst von Baer - Biólogo, pai da embriologia;
- Karl Friedrich Gauss - Matemático e físico;
- Leonhard Euler  Matemático e físico;
- Louis Agassiz – Geólogo, Paleontólogo - considerado "O Pai da Ciência Glacial";
- Louis Pasteur – Químico e microbiologista;
- Max Planck – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1919;
- Michael Faraday  Descobridor da indução eletromagnética e fundador da Teoria do Campo Eletromagnético;

Nicola Cabibbo  Físico italiano, mais conhecido por seu trabalho sobre a interação nuclear fraca. Ele também foi o presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear italiano de 1983 a 1992;
- Nevill Mott – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1977;
- Richard Smalley – Físico, químico e astrônomo, Prêmio Nobel de Química de 1996;
- Robert Boyle – Fundador da Química moderna; 

Robert T. Bakker – O paleontólogo que foi uma figura crucial na revolução sobre o estudo dos dinossauros em 1960 e conhecido pela teoria de que alguns dinossauros eram de sangue quente;
- Roger Bacon – Precursor do Método Científico. Foram seus estudos e experimentos que deram origem, logo após a sua morte, aos óculos e, posteriormente, ao microscópio e ao telescópio;
- Ruy Barbosa de Oliveira - Filólogo e cientista político;
- Samuel Morse – Inventor do telégrafo;

-Sir Robert Boyd – Ciência espacial;
-Sir John Gurdon – Biólogo, agraciado com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2012;
- Stephen Hales – Fisiologista e Químico. Foi o primeiro a fazer a medição quantitativa da pressão sanguínea. Foram seus experimentos que proporcionaram a criação dos instrumentos usados até hoje para medir a pressão arterial;
- Thomas Bayes – Estatístico, Filósofo, criador do teorema de Bayes , que é essencial para a ciência e para a estatística;
- Thomas Edison – Inventor da lâmpada, do gramofone, do cinetoscópio, da locomotiva;

Walter Thirring – Físico, autor do modelo Thirring em Teoria Quântica de Campos;
Werner Arber – Microbiologista e geneticista, compartilhou o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1978;
- Werner Heisenberg – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1932;
- William Daniel Phillips – Físico, Prêmio Nobel de Física de 1997;
- William Herschel – Astrônomo, descobridor do planeta Urano.


*Fontes:
-http://resistenciaprotestante.blogspot.com.br/2015/11/uma-breve-lista-de-cientistas-cristaos.html
-http://www.respostasaoateismo.com/2015/04/lista-de-cientistas-da-atualidade-que.html

A influência do cristianismo na ciência


       Uma das falácias muito utilizadas hoje em dia por alguns céticos é a divulgação do aparente antagonismo entre uma estrutura genuinamente cristã e o progresso da ciência. Estes, no entanto, parecem ignorar o fato de que inúmeras figuras-chave da história da ciência não só eram cristãos, como foram as suas convicções cristãs que os impulsionaram para a ciência.

      Um dos grandes agentes para a divulgação e manutenção de tal pensamento são os livros didáticos de ciência. Como uma tapa nos cavalos, os livros inteiram os alunos tão somente das descobertas científicas. Ignorando, muitas vezes, as motivações filosóficas ou religiosas que inspiraram os cientistas. Ao que parece, há, na verdade, uma apresentação seletiva na qual são apresentados as exceções: aqueles que negaram as suas crenças religiosas e filosóficas, como é o caso de Galileu e Copérnico. 

        Dessa forma, há uma implícita apresentação positivista da ciência, na qual o progresso científico consiste em uma "emancipação" dos princípios religiosos e metafísico. É comum também os leitores tomarem como verdade, intuitivamente, de que os personagens que lideraram a emancipação científica foram os partidários desse mesmo conceito depreciativo da religião e da metafísica.

                                         "A ciência humana de maneira nenhuma nega a existência de Deus. 
                                         Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem 
                                         compreende, pesquisa e consegue realizar, então reconheço claramente
                                         que o espírito humano é obra de Deus, e a mais notável." - Galileu Galilei

      Não é para menos que o conceito de ciência positivista vem sendo amplamente criticado por conta de seus problemas lógicos, de suas análises históricas e do seu objetivo final como sendo a causa inicial. Diante disso, os historiadores da ciência têm desenvolvidos uma nova sensibilidade frente ao motivos extracientíficos no progresso da ciência moderna. Como consequência, é muito mais variada a interpretação do passado da história da ciência. Mas uma coisa fica reconhecidamente clara: A forte influência do Cristianismo, especialmente o reformado, para o progresso da ciência.
       Assim termino o primeiro post do blog, esse que deu início a uma série de postagens que vão envolver conceitos, definições e erros no que envolvem a ciência, fé e cristianismo.

*Esta postagem foi escrita com base nas páginas iniciais do livro "A alma da Ciência"

https://docs.google.com/document/d/1-8tyeQ3A0yBF7cpjPyNrrXQr6qsZTYbC/edit?usp=sharing&ouid=115272958478805811733&rtpof=true&sd=t...