Sobre o acaso, se faz necessário iniciar tratando dos seus três principais significados e definições, afinal, não faz sentido buscar entender algo sem saber sobre o que estamos tratando. Assim, temos a "evolução" do seu significado e mais adiante o destrinchamento de suas relações.
I. Conceitos de acaso
I.I. Aristóteles e outros filósofos clássicos tinham como acaso a intersecção fortuita de duas ou mais linhas de casualidade.
I.II. Conceito hodierno de acaso, onde este passa a ser a ausência de qualquer ordem.
I.III. Já entre os naturalistas e materialistas, especialmente, o acaso é uma grande causa, o acaso aqui passa a ser o "é" e não o "não é", dado o segundo ponto. Mesmo assim, este também carrega um conceito acaso cego e não inteligente.
II. Acaso e ateísmo
Com o ateísmo consideram o acaso sendo ou a falta de uma causa ou a própria causa, é retirado a ideia de um criador de seu trono cósmico. Ambos são mutualmente excludentes. Se o acaso existe, Deus não está no controle total do universo.
III. A natureza do acaso
A definição da palavra acaso depende parcialmente da cosmovisão a ser empregada. Dois usos são confundidos: acaso como probabilidade matemática e acaso como causa real. O primeiro é apenas abstrato. A probabilidade não é acaso ou fruto dele pois toda probabilidade é dada a partir das circunstâncias da utilização e de fatores que a geram.
IV. Atribuir poder ao acaso
Os que acreditam no acaso como lei geral, certamente também acreditam em mágica, não em ciência. As leis científicas lidam como o regular e não com o irregular - como o acaso se apresenta. As lei da física, química ou matemática não causam nada; apenas descrevem a maneira como as coisas acontecem regularmente no mundo como resultado das causas físicas.
V. Por lógica temos
O acaso não é uma entidade > não entidades não tem poder porque são o não ser > Dizer que algo acontece ou é causado pelo acaso, é atribuir poder instrumental ao nada.
É um absurdo afirmar que nada produziu algo.
VI. Causas inteligentes e resultados do acaso
Causas inteligentes podem justapor-se ao "acaso".
Por detrás de toda aleatoriedade existe um princípio racional. Neste sentido de acaso, o "acaso" e Deus podem coexistir.
VII. Conclusão
Estritamente falando, o acaso não pode causar ou originar o complexo, quiçá o universo e a vida. Todo evento tem uma casa. Já que o universo manisfesta um complexo irredutível que aponta para uma inteligência, é razoável supor uma causa inteligente. O acaso ou a casualidade aparente (como a loteria ou a mistura de moléculas de ar) faz parte de um desígnio geral, inteligente, na criação.
Primeira postagem com conclusões baseadas na enciclopédia de apologética de Norman Geisler.
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