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https://drive.google.com/drive/folders/12vf_KHiY0gxBsqFQqPbXS34vwSGVxfyw?usp=sharing

Eritrograma


ERITROGRAMA

                                A função primária do eritrócito é o transporte de oxigênio e sua liberação para os tecidos para atender a demanda metabólica do organismo.
                Após a análise da contagem de hemácias, se rompe as suas membranas e dosa a hemoglobina (lembrar de fatores que aumenta a hemoglobina, como altas altitudes, administração de eritropoietina ou cardiopatias).
                O hematócrito é o percentual de hemácias em relação ao sangue total. Para diagnóstico de anemia, nunca se deve usar o hematócrito, pois pode haver uma hemoconcentração (desidratação) ou hemodiluição (gravidez).
                Doadores de sangue precisam estar com uma reserva, não podendo doar pessoas que se encontram muito próximas aos limites inferiores de hemoglobina, hemácias e hematócrito. Homens podem doar sangue 4 vezes ao ano por terem testosterona, que aumenta a massa eritrocitária, enquanto as mulheres podem doar 3 vezes ao ano.
                Nas crianças, a taxa de hemoglobina no sangue do cordão é de 16,8 g/dL. Essa policitemia ocorre nos recém-nascidos pois eles estão em hipoxemia. Em 1 mês, esse valor cai 4 gramas. Bebês que nascem com 14 g/dL de hemoglobina estão em anemia.

Valores normais
ÍNDICE
HOMEM
MULHER
Hemácias (milhões/mm3)
5,3 (0,8)
4,7 (0,7)
Hemoglobina (g/dL)
15,3 (2,5)
13,8 (2,5)
Hematócrito (%)
47 (7)
42 (6)
VCM (fL)
80-100
RDW (%)
11-14
HCM (pg)
27-32
CHCM (%)
31-35

Índices hematimétricos

1) VCM (Volume Corpuscular Médio)
Avalia o volume médio das hemácias.
Valores normais de 80 a 100 fL (fentolitros).
Microcíticas (abaixo de 80), normocíticas (80 a 100) ou macrocíticas (acima de 100).

2) HCM (Hemoglobina Corpuscular Média)
Avalia a quantidade média de hemoglobina por eritrócito.
Valores normais de 27 a 32 pg (picogramas).

3) CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média)
Avalia a relação existente entre o tamanho da hemácia e o seu conteúdo de hemoglobina.
 ou
Valores normais de 31 a 35%.
CHCM baixa: célula em alvo.
Entre 31 e 35: normocrômica
CHCM alta: esferocitose hereditária. A esferocitose hereditária dá-se o diagnóstico só com o hemograma. O esferócito tem um volume pequeno com a concentração grande, devido a uma mutação nas proteínas de membrana, com ausência da espectrina e diminuição da plasticidade, sendo a hemácia hemolisada mais precocemente no baço. Existe então uma anemia hemolítica, uma esplenomegalia e esferócitos no sangue periférico. As hemácias também são muito mais frágeis osmoticamente, podendo se romper até em solução fisiológica.

4) RDW/ADE (Amplitude de dispersão dos eritrócitos)
Avalia a relação do grau de dispersão no tamanho das hemácias.
O cálculo é feito por um contador automático.
Valores normais de 11 a 14%.
Quando o RDW é muito grande, diz-se que as hemácias são anisocíticas.


Classificação das anemias
Níveis de hemoglobina indicativos de anemia ao nível do mar
GRUPO POR FAIXA ETÁRIA/SEXO
HEMOGLOBINA g/dL
6 meses a 5 anos
< 11
6 anos a 14 anos
< 12
Homens adultos
< 13
Mulheres adultas
< 12
Mulheres grávidas
< 11

Classificação fisiopatológica:
- Déficit de produção
- Destruição aumentada
- Perda

Classificação morfológica:
- Normocítica
- Microcítica
- Macrocítica
- Normocrômica
- Hipocrômica



Alterações morfológicas dos eritrócitos (Poiquilocitose)

- Eliptócitos
- Hemácia em alvo
- Hemácia espiculada
- Esferócito
- Megalócito
- Dacriócito
- Estomatócito
- Esquisócito
- Hemácia em elmo
- Hemácia falciforme

Eliptócito
                Eritrócitos que têm forma elíptica ou oval, devido a um defeito na membrana da hemácia.
                - Talassemia (defeito na produção da hemoglobina)
                - Deficiência de Fe (defeito na produção da hemoglobina)
                - Anemia megaloblástica
                - Elipsocitose hereditária (acima de 25% dos eritrócitos)

Hemácia em alvo ou target cell ou codócito
                Significa um problema na produção de hemoglobina ou uma hepatopatia.
                - Talassemia
                - Anemia ferropriva
                - Hemoglobinopatia SS, SC, CC (Na cadeia beta, o ác. Glutâmico é trocado por valina – HbS – ou poder prolina – HbC -, sendo defeitos estruturais que levam à anemia hemolítica. A HbS está presente na doença falciforme)
                - Hepatopatia
                - Pós-esplenectomia (as hemácias ficam circulando velhas e por mais tempo, perdendo substâncias)

Esferócito (micrócito hipercrômico)
                Eritrócitos em forma esférica, com o diâmetro menor que o normal. Falta a área central clara e coram-se intensamente. O VCM está sempre baixo e o CHCM acima de 35%.
                - Esferocitose hereditária (deficiência genética na síntese de espectrina, com > 25% dos eritrócitos)
                - Anemia hemolítica adquirida (ataque dos anticorpos contra os antígenos da superfície de membrana das hemácias; os macrófagos só conseguem fagocitar pedaços da membrana e a célula torna-se menos por perda de membrana, ficando mais concentrada)

Megalócito (macrócito hipercrômico)
                Defeito na divisão celular (diseritropoiese).
                - Anemia megaloblástica (deficiência de B12 e folato)

Dacriócito
                Eritrócitos em forma de lágria, gota, raquete, espelho de mão, piriforme.
                - Anemia megaloblástica
                - Talassemia beta maior
                - Síndrome mielodisplásica (defeito na divisão celular adquirido)

Estomatócitos
                Eritrócitos que apresentam halo central em forma de boca.
                - Estomatocitose hereditária (>25% dos eritrócitos)
                - Etilismo
                - Doença hepática obstrutiva

Esquisócito/esquistócito
                São fragmentos de hemácias de forma bizarra, com a morfologia mais variada possível. Acontece quando se tem um ambiente tóxico e hostil, onde a hemácia foi agredida. Dá anemia hemolítica, muito relacionada com a presença de um trombo (hemólise microangiopática), quando as hemácias passam por essa circulação obstruída e vão sofrendo danos e modificando sua forma (ex.: CIVD).
                - Anticorpos
                - Uso de drogas oxidativas
                - Próteses metálicas
                - Placas de ateroma
                - Queimaduras severas
                - Hemoglobinúria de marcha (atividade física muito intensa, causando microtraumas que deformam as hemácias)

Hemácias em elmo ou queratócito ou hemácia semilunar
                Eritrócitos que têm forma de capacete, não deixam de ser um esquisócito.
                - Hanseníase
                - Anemia hemolítica

Drepanócito ou hemácia em foice ou sickle cell
                - Anemias falciformes
                Pontilhado basófilo: parece reticulócito, ocorre nas anemias hemolíticas e são sobras de RNA pois a célula foi jogada muito jovem na corrente sanguínea para tentar ajudar. Na pesquisa intra-eritrocitária devem ser pesquisados: Hb H para verificar defeito de síntese das cadeias (nas talassemias há precipitação das cadeias alfa quando o defeito é em beta, resultando na HbH); Corpos de Heinz para verificar Hb instável (defeito genético); e reticulócitos para verificar se há hemólise.

Hemácias espiculadas
                Eritrócitos que apresentam projeções de membrana. Equinócitos ou Acantócitos.
                Equinócitos ou hemácias crenadas ou burr cells
                               Eritrócitos que apresentam projeções pequenas distribuídas uniformemente por toda a membrana eritrocitária.
                               - Uremia
                               - Tratamento com heparina
                               - Hipotireoidismo
                               - Deficiência de ácidos graxos
                               - Artefato de esfregaço
                Acantócitos
                               Eritrócitos pequenos que apresentam projeções irregulares tanto em tamanho quanto em número.
                               - Doença hepática por etilismo
                               - Estados de má absorção
                               - Pós-esplenectomia
                               - Deficiência de piruvato quinase
                               - Hiperosmolaridade
                               - Insuficiência renal
                               - Artefato de esfregaço

Sintomas de algumas doenças

Balantidium coli e balantidíase

Infecção do intestino grosso
Ocasiona diarreia ou disenteria semelhante à amebíase
Pode ser assintomático
Dores abdominais
Diarreia branda ou aguda fulminante de caráter sanguinolento ou mucoide
Febre e fraqueza
Anorexia, náuseas, vômitos e cefaleia
A diarreia pode durar por anos de forma intermitente
Nas formas mais graves, pode haver hemorragias intestinais, desidratação e morte
Associar com criadouros de suínos
Se penetras as paredes intestinais, causa úlceras

Trichomonas vaginalis e tricomaníase


Entamoeba histolytica e amebíase

Pode atuar como comensal ou invadir tecidos
Nos tecidos, pode ser intestinal ou extraintestinal
Invadem a mucosa intestinal, formam úlceras (os de botões) e se multiplicam dentro do conjuntivo, podendo atingir a corrente sanguínea e pode ir para os rins, fígado, pulmões, cérebro e pele
Disenteria amebiana > diarreia muco-sanguinolenta, evacuações frequentes com cólicas intestinais frequentes intensos, febre, tenesmo e leucocitose.
> Colite a amebiana crônica: flatulência, desconforto abdominal e irregularidade do hábito intestinal (constipação/diarreia)
> Forma fulminante: todo cólon é acometido por úlceras. Síndrome tóxica, febril, dor abdominal difusa, tenesmo, cólicas fortes.
Ameboma
Fígado -> dor no hipocôndrio direito, febre, hepatomegalia dolorosa, calafrios, náuseas, vômitos, fraquezas e perda de peso
úlcera em forma de botão

Enterobius vermiculares e oxiuríase

Prurido anal noturno, irritabilidade e insônia
Náuseas, vômitos, dores abdominais em cólica
Tenesmo e raras evacuações sanguinolentas

Trichuris trichiura e tricuríase 

Os sintomas dependem da idade, carga parasitária e estado nutricionais
Diarreia, náusea, vômitos, anemia, colite ulcerativa e prolapso retal

Giardia lamblia e giárdia

A maioria é assintomática
Diarreia aquosa explosiva
Avitaminose lipo (A - unhas fracas, cabelos fracos, pele descamando, D - ossos, E - oxidação dos tecidos, K - coagulação)
Esteatorreia
Se aloja no IG ou trato biliar
Cansaço, perda de peso, inchaço e cólicas abdominais

Hymenolepis nana e himenolepíase

Pode ser assintomática
Se severa: diarreia, dor abdominal, palidez, perda de peso e debilidade
Agitação, insônia, dor abdominal, inflamação linfoide e pequenas ulcerações
Ataques epilépticos, cianose e convulsão
Pensar nos sintomas nas crianças, as que mais apresentam os sintomas 

Taenia e teníase

Hemorragias, tonturas
Náuseas
Vômitos
Alargamento do abdome e dores
Diarreia frequente
Falta ou aumento do apetite

Ancilostomídeos e ancilostomose

Anemia ferropriva
Larva também tem o ciclo pele > coração > pulmões
L3 penetra na pele ou ingerimos L3
Prurido e eritema cutâneo no local de penetração da larva
Náuseas, vômitos, diarreia, dor epigástrica e anorexia
Anemia e fraqueza, hipoproteinemia, desnutrição e comprometimento do desenvolvimento físico e mental (crônico)

Ascaris lumbricoides e ascaridíase

Larva L4 penetras os alvéolos
Larva pode causar hemorragia e necrose no fígado
Quando pneumônico com febre, tosse, dispnéia.
Tosse seca, catarro pode ser sanguinolento
Adulto > subnutrição - depauramento físico 
Ação tóxica > reação entre antígenos e anticorpos alergiantes
Ação mecânica: obstrução
Iceterícia obstrutiva se a larva for para o ducto colédoco
> Respiratórias: dispneia, tosse seca, febre e irritação brônquica
> Gastrointestinais: dor abdominal, cólica, indigestão, náusea, vômito, diarreia e vermes nas febres
> Alérgicos: dermatoses, rinites e conjutivites
 - Pneumonia, abscesso hepático e choque anafilático. Oclusão intestinal e até a morte.
A larva passa pelo fígado e pulmões e é engolida
Os ovos são ingeridos 

Strongyloides stercoralis e estrogiloidíase 

L3 > pele
Pele: edemia, prurido e placas papulo eritematosas
Pulmão: tosse com ou sem expectoração, dispneia, crise semelhantes à asma
Intestino: dor abdominal, diarreia e constipação, vômitos, perda de peso, anemia variável, eosinofilia. Intestino edematoso e congesto e infecções pesada. 

MICROBIOTA NORMAL


MICROBIOTA NORMAL

·         A maior parte dos microrganismos ficam no TGI, anaeróbias
·         A pele não é propícia para a proliferação dos microrganismos
·         No útero, o indivíduo não tem microrganismos
·         Antibiose ou amensalismo impede a colonização de outros microrganismos à pode se dar através da competição ou da produção de substâncias antimicrobianas
·         Tipos de microrganismos:
o   Microrganismos estritamente benéficos: como os lactobacilos
o   Microrganismos potencialmente patogênicos: são os que mais predominam na microbiota humana
o   Microrganismos oportunistas: como em uma fibrose cística, queimaduras, imunossupressão. Temos como exemplo a Cándida
o   Microrganismos estritamente patogênicos
·         Associações mais comuns realizadas pelos microrganismos:
o   Comensalismo: Maioria, ambos conseguem sobreviver
o   Protocooperação (sinergismo): mas vivem de forma independente
o   Amensalismo: uma bactéria libera substâncias que impedem outro microrganismo
o   Parasitismo: vive em função do outro
o   Competição: alunos na sala
Segundo o Guia, é importante saber a localização do Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium (pele e genitália) e propionebacterium (pele)

PELE

·         Não é um ambiente propício por causa do pH
·         Encontramos o Staphylococcus epidermis, S. aureus, espécies de Micrococcus, espécies α-hemolítico e não hemolítico de Streptococcus (como o S. mitis), Corynebacterium (espécies), espécies de Propionibacterium e outras

NASOFARINGE

·         Encontramos Diphtheroids, espécies não patogênicas de Neisseria, α-hemolítico Streptococcus, S. epidermis, Streptococcus não hemolíticos, espécies anaeróbias (como a Prevotella, Cocos anaeróbios e espécies de fusobactérias)

TRATO GASTROINTESTINAL E RETO

·         É estéril no nascimento
·         É colonizado através dos alimentos (tendem a ser anaeróbias)
·         10% dos traumatismos intestinais leves tendem a casos de bacteremia
·         Há 100 trilhões de microrganismos no intestino, com 30.000 spp de bactérias
·         Várias espécies de Enterobacteriaceas, exceto Salmonella, Shigella, Yersinia, Vibrio e Campylobacter.
·         Encontramos bactérias não-fermentadoras de glicose G- em forma de bastonetes, Enterococos, α-hemolítico e não-hemolítico Streptococcus, difteróides, S. Aureus (em pequeno número) e anaeróbios em grande número 

GENITALIA

·         A urina é estéril
·         Vagina: pH ácido à lactobacillus
·         No intestino grosso temos pH baixo, o que propicia a proliferação de bactérias
·         Temos espécias de Corynebacterium, de Lactobacillus, α-hemolítico e não-hemolítico Streptococcus e espécias não patogênicas de Neisseria e +

BACTERIOSES DA PELE


BACTERIOSES DA PELE

Staphylococcus

·         São gram-positivas e parecem uvas ao microscópio, sem flagelos.
·         A maioria é anaeróbia facultativa    
·         Dentro dos estafilococos temos os (relacionados com patologias):
o   S. aureus
o   S. saprophyticus
o   S. epidermis
o   S. hemoliticus
·         Os estafilococos vivem na pele e na mucosa
·         Na região da nasofaringe vamos encontrar o S. aureus, com uma concentração maior em pessoas que vivem em hospitais
·         Os estafilococos podem causar doenças pois eles têm a capacidade de fugir das defesas do organismo por causa da cápsula e algumas proteínas. Além disso, ele tem a capacidade de aderência por causa dessas proteínas. Eles também têm capacidade de produzir toxinas e enzimas.
·         Quorum sensing à uma população tem uma estimulação química que faz com que eles liberam as toxinas à fatores de toxidade
·         Teremos cepas que são toxicogênicas e outras que não são
·         As cepas de estafilococos são divididas em coagulase + (aureus) e coagulase – (saprophyticus, epidermis e hemoliticus). A coagulase transforma o fibrinogênio em fibrina
·         Características gerais: Catalase +. Crescem facilmente em meios de cultura e formam cachos.
·         Doenças causadas pelo Staphylococcus aureus
o   Infecção supurativa: foliculite, terçol, furúnculo, carbúnculo, impetigo comum
o   Mediada por toxina: impetigo bolhoso, síndrome da pele escaldada e síndrome do choque tóxico
·         Fatores de infecção por S. aureus
o   Microbiota à restritos a nasofaringe
o   IRAS – infecção relacionada à saúde
o   Fômites em geral

Fatores de patogenicidade

·         Estrutural
o   Cápsula polissacarídica (antifagocitária)
o   Peptídeoglicano (resistência física) / ác. Teicoico (se liga ao n-acetilmurâmico que aumenta a força imunogênica do peptideoglicano) – o peptídeoglicano estimula a produção de pirogênios, ativa o sistema complemento e produz IL-1
o   Proteína A: específica de S. aureus à liga-se ao FC das imunoglobulinas. Quimiostática para os leucócitos.
·         Enzimas
o   Coagulase à pode ser liberado onde ela estiver; transforma o fibrinogênio em fibrina (evita qualquer acesso de defesa em relação a ela); teste de diferenciação das outras espécies
o   Hialuronidaseà hidrolisa o ácido hialurônico na MEC do tecido conjuntivo, ajudando a bactéria a se disseminar nessa região
o   Colagenases
o   Lipases à por digerir lipídeos, ajuda a bactéria a sobreviver em locais sebáceos do corpo
o   Catalase à transforma o peróxido de hidrogênio em água + oxigênio
·         Toxinas
o   Citotoxinas: α, β, γ. Elas levam a destruição de leucócitos, eritrócitos e tecidos.
o   Toxina esfoliativa: age na desmogleína, componente dos desmossomos, segurando a derme com a epiderme. Assim, ela causa o desprendimento da camada superficial da pele. Logo, causa a síndrome da pele escaldada.
o   TSST-1 à superantígeno (síndrome do choque tóxico) à estimula a produção de citocinas que produzem poros no endotélio.
o   Enterotixina à são superantígenos; resistentes ao pH gástrico e ao reaquecimento brando do alimento; aumentam o peristaltismo intestinal, causando diarreia e inflamação gástrica (vômito), estando relacionadas a intoxicação alimentar

Doenças mediadas por toxinas

·         Síndrome da pele escaldada: sinal de Nikolsky à passa a unha e a pele sai. A criança se corta e a bactéria se prolifera na pele. Causada pela toxina esfoliativa
·         Síndrome do choque tóxico à encontrada em crianças, de forma aguda, causando febre, hipotensão e exantema eritematoso macular difuso, podendo causar falência múltipla de órgãos.
·         Impetigo bolhoso: síndrome da pele escaldada localizada
·         Intoxicação alimentar: causada pelas enterotoxinas

Infecções cutâneas supurativas

·         Impetigo comum
·         Foliculite
·         Furúnculo
·         Terçol
·         Carbúnculo: vários furúnculos em um mesmo local

·         Teste de catalase (os streptococos é -) à coloca o peróxido de hidrogênio e, ser for uma staphylococcus, soltará oxigênio
·         Teste de coagulase: forma um coágulo, só a aureus produz essa enzima
·         Teste de DNAse à meio de cultura com DNA, se positiva veremos uma borda transparente (só o aureus apresenta)
·         Teste de sensibilidade da novabiocina à o s. aureus e o s. epidermis são sensíveis, mas o saprophyticus é resistente

[Streptococcus] pyogenes

·         As Streptococcus são bactérias fastidiosas e precisam de meio enriquecido para sua cultura, como o Ágar sangue
·         São catalase negativa
·         São G+, dispostos em pares ou cadeias e são a causa mais comum de faringite bacteriana (pyogenes)
·         São anaeróbios facultativo e s/ flagelos
·         O pyogenes são β-hemolítico e pertencem ao grupo A de Lancefield.

Características gerais:

·         G+, cadeias de cocos (estrep ou diplo (no s. pneumoniae)), preferencialmente o crescimento é em capnofilia (concentração elevade de CO2), são bactérias fastidiosas (ágar sangue como o meio ideal do crescimento).

Classificação dos estreptococcus

a)    Quando ao padrão de hemólise
a.    Α-hemolítico: parcialmente hemolítico
b.    Β-hemolítico: totalmente hemolítico (fica transparente)
c.     Γ-hemolítico: não hemolítico
b)    Sorologia
a.    A a H, K a M e O a U para β hemolítico

Espécies de importância médica

·         Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalactiae e Strep. Pneumoniae

S. pyogenes – fatores de virulência

·         Componentes estruturais
o   Cápsula (ác. Hialurônico) à antifagocitária e adesão a célula
o   Proteína M à adesão e invasão das células (isso se deve à capacidade dessa proteína de se agregar com fibrinogênio, formando complexos que aumentam a adesão e criam espaços invasivos pelos tecidos); antifagocitário; anticomplemento;
o   Ác. Lipoteicoicos: adesão a células
o   Outras proteínas à PTN F à adesão a células
o   Proteína M à ligada a membrana celular e passa da parede, podendo ser um meio de ligação, se liga ao complemento e impede a fagocitose.
·         Enzimas
o   Estreptolisinas (hemolisina) S (n imunogênica) e O (imunogênica): lise de leucócitos, eritrócitos e plaquetas
o   Estreptoquinases (fibrolisinas): causam lise da fibrina
o   Desoxirribosenucleases (DNAses): age no DNA
o   Hialuronidase à fator de disseminação, ajuda a abrir caminhos pelo tecido conjuntivo
·         Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (Spe): superantígenos que induzem a liberação de citocinas pró-inflamatórias e temos 4 tipos (SpeA, SpeB, SpeC e SpeF)
·         Principais locais e doenças: Nasofaringe: Ouvido médio (otite média), pulmões (pneumonia), meninges (meningite), seios paranasais (sinusite).

Principais doenças estreptocócias supurativas

·         Impetigo (pioderma) à geralmente uma lesão causa a entrada de bactérias no tecido subcutâneo. A sua proliferação nessa região causa a formação de vesículas purulentas.
·         Erisipela à eritema, com dor localizada, vermelhidão, inflamação, aumento dos linfonodos. Limita-se a pele, atingindo vasos linfáticos e linfonodos, calafrios, bem limitada.
·         Celulite à inflamação dos tecidos mais profundos (subcutâneo), várias bactérias causam. Sem limite preciso – extensão difusa
·         Fasciite necrosante estreptocócica: inflamação de músculos e camada de gordura (tecidos mais profundos), leva a necrose do tecido, deve-se remover a parte necrosada, a infecção se instala na fáscia, no início temos uma celulite que evolui até a formação de uma gangrena estreptocócica.

Síndrome tóxicas

·         Choque tóxico estreptocócico à causada pelas exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (Spe); causa inflamação, febre, calafrios, náuseas e dano em diversos órgãos.
·         Escarlatina à erupção eritematosa difusa, palidez ao redor dos lábios, forma a “língua de morango”; é uma complicação da faringite > bacteriófago.

Sequelas pós-estreptocócicas (não supurativas)

·         Febre reumática: lesões inflamatórias, não supurativas no coração, articulações, subcutânea e SNC. Disseminação sistêmica da inflamação no tecido conjuntivo.
·         Glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica à após a faringite e piodermite imunológica, inflamação aguda do glomérulo (se em adultos, ocorre perda de função progressiva). Ocorre pela deposição de complexos antígeno-anticorpo na região do glomérulo. São comuns sintomas como edemas hematúria, hipertensão e proteinúria.

Diagnóstico bacteriológico:

·         S. pyogenes: β-hemolítico, sensível a bacitracina

CLOSTRIDIUM PERFRINGENS

Características gerais do gênero

·         Bacilo anaeróbio, produtor de endósporo, G+
·         Habitat: presenta nas fezes humanas, na poeira, terra, na água e na microbiota do TGI. Forma colônias em meio de cultura bem espalhadas

Principais fatores de patogenicidade

·         Toxinas α, β, épsilon, iota: lise de hemácias, plaquetas, leucócitos, células endoteliais, aumenta a permeabilidade vascular, destruição tecidual. A α é a mais importante para doenças de pele, ela lisa hemácias, plaquetas, leucócitos e células endoteliais, aumentando a permeabilidade tecidual. A épsilon é ativada pela tripsina e aumenta a permeabilidade da parede gastrointestinal. A iota é a mais letal e possui atividade necrosante e aumenta a permeabilidade vascular
o   A patogenicidade dessas bactérias está relacionada à produção de toxinas
o   Causa desde uma diarreia a uma inflamação intestinal
·         Enterotoxina: se liga às microvilosidades do jejuni e íleo, alterando sua permeabilidade e causando a perda de íons e fluidos. Além disso, atua como superantígeno induzindo a resposta imunológica.

Principais doenças causadas

·         Celulite à edema e eritema, com ou sem gás. Infecção do subcutâneo pelo Clostridium perfrigens
·         Fasciite ou miosite supurativa à progressão da celulite para a fáscia; não há atividade necrosante e as consequências clínicas são causadas pelo pus.
·         Mionecrose clostridial ou gangrena gasosa à Introdução da clostridium por traumas ou cirurgias. Necrose muscular de rápida evolução por causa das toxinas
·         Infecção alimentar

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