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O Papel da Polícia no Século XXl

                                                    Dominados, uni-vos
    O sistema do Estado moderno absolutista sucumbiu em meados do século XVIII e o poder soberano – e até divino – dos reis caíram. Logo em seguida, o movimento iluminista trouxe uma ideia de igualdade, liberdade e fraternidade. Contudo, a pirâmide do poder não desapareceu, apenas foi mascarada e se mantem até a contemporaneidade.
     Neste contexto, a polícia é a representação física da segurança e ordem de um Estado. A sua função é assegurar o bom andamento moral da sociedade e reprimir aqueles que descumprirem as leis. Sendo assim, o agrupamento de policiais, assim como qualquer outros cidadãos, também está inserido nesta pirâmide de poder e ordem, sendo as suas leis manter o bom convívio social e proteger aqueles que realmente detêm o poder.
    Nesta perspectiva, a música “Polícia” dos Titãs representa bem o olhar do brasileiro sobre a polícia: Aqueles que deveriam representar a segurança, são, contraditoriamente, a imagem do medo e outras vítimas do sistema. Nesta escala de ordem encontram-se, na base da pirâmide, a população, insegura e alienada, seguindo ideologias e buscando impor outras ordens internas em busca do poder.
       Tal cenário evidencia a ideia do sociólogo Michel Foucault onde, no seu livro “A ordem do discurso” apresenta a ideia de que o indivíduo está sempre em busca de impor sua voz para alcançar o poder. Neste caso, a ordem decrescente de poder se apresenta estruturada no governo, na polícia e na população, respectivamente.

   Observa-se, portanto, que apesar da mudança nos sistemas políticos, o poder centralizado e controlador se mantem inalterado e nesta perspectiva a polícia é apenas o intermediador da ordem no Estado. É indubitável a dificuldade em mudar tal sistema, uma vez que está enraizado na sociedade. Contraditoriamente uma mudança poderia vir do próprio governo que deveria investir na qualificação e visão da sociedade sobre os policiais através do investimento estrutural nos quarteis e propagandas midiáticas a fim de preparar e demonstrar a segurança que o governo promete. Ademais, seria necessário o reconhecimento entre a população e os policiais de que ambos estão sujeitos ao mesmo domínio para que fosse desencadeada uma revolução em conjunto entre o proletariado – policiais e demais trabalhadores – para derrubar o capitalista – o governo –, assim como defendia o filósofo Karl Marx.

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