De modo geral, pode-se dizer que a constituição do conceito família decorre desde a antiguidade e que sempre teve forte participação da religiosidade. Contudo, no século da modernização e das mudanças, os indivíduos e até mesmo o Estado já começam a considerar as diversas formas de se construir um lar sem exigir o tradicionalismo que sempre esteve presente na sociedade, tanto em relação às uniões conjugais quanto ao conceber um filho.
Historicamente, desde o Antigo Regime onde a Igreja Católica mandava e desmandava, os lares familiares sempre foram formados por pai, mãe e filhos, onde essa organização acabou padronizando as sociedades durante muitos séculos. Atualmente, observa-se que está ocorrendo intensa mudança sobre esse comportamento, pois, os próprios representantes do catolicismo no Vaticano já discutem sobre opiniões e referências mais acolhedoras quanto ao casamento homossexual, o que demonstra um grande avanço na mentalidade cristã.
Além disso, há forte discussão sobre a fertilização in vitro e as barrigas de aluguel, métodos alternativos utilizados pelas pessoas para terem filhos. Segundo os setores conservadores, os seres humanos devem provir da relação sexual entre um homem e uma mulher e alegam que dessas formas os indivíduos estão indo contra os princípios de algumas religiões, principalmente da protestante. Porém, estes esquecem-se de que o Estado Brasileiro é laico e que questões de dogmas religiosos não se inserem no contexto da legalidade, visto que esses processos são permitidos no país.
Diante disso, percebe-se que ainda há oposições sobre as novas regras e pensamentos da contemporaneidade, pois toda transição de pensamento não é rápida e tampouco facilmente aceitável. Por isso, seria válido a mídia promover a divulgação de conteúdos que ajudem as pessoas a conhecerem mais os diversos jeitos de se viver em família e que o governo insira leis que visem combater a discriminação entre diversidades conjugais.
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