Venho hoje mais uma vez te contar um sonho. Como de costume, um sonho que foge de quaisquer padrões lógicos que eu consiga conceber. O que eu fico pensando é: Por que diabos eu fui pensar esse sonho? O que tinha em meu subconsciente? Pois como você bem sabe, os sonhos não são criados em nossa cabeça, mas são uma reformulação da realidade.
Diante disso, aqui vai o meu sonho:
Não sei exatamente como começou, mas lembro-me que eu conseguia pensar durante o sonho e me questionava se isso era uma realidade ou se era algum tipo de alucinação. Depois disso, sei que estava entrando em um carro com um tio meu, o chamarei de Carno. Ele, por sua vez, perguntou o que eu queria, eu disse que queria apenas andar de carro. Contudo, chegando em um bairro da cidade em que eu moro, chamado Cruz das Armas, eu pedi para descer: Era em uma rua calçada, muito larga, com certo declive e a casa em que fui entrando era uma casa de placa branca, muro baixo, portão também branco e baixo, me lembrou as casas do interior, bem simples.
Com efeito, não conseguirei expor uma sequência lógica para o entendimento estrutural dessa casa, portanto, vou logo explicar de uma vez por todas como ela era por dentro: Na primeira parte da casa, parecia ser uma casa normal, sendo toda quadrada, com um sofá marrom de camurça, toda branca e seguia uma ótima organização. Contudo, ao sair pelo porta de trás, eu entrava em um grande caixote, algo que me parecia aquele cenário de televisão-teletransporte do filme mais novo da fábrica de chocolate, mas esse grande caixote branco e reluzente servia apenas como passagem. Sim, do outro lado tinha uma outra porta que dava para uma grande selva fechada, lembro apenas que tinham macacos, muitas árvores e vegetação fechada, mas era muito bonito, talvez me lembre algum jardim que já vi em minha vida, mas não lembro qual. Sim, todas essas coisas estavam dentro da casa e foram acontecendo ao longo do sonho, não me pergunte como, por isso decidi explicar toda a casa logo aqui. Acredito que a casa deveria ter uns 5m² em sua primeira parte e uns 15m² em cada uma das outras duas partes.
Retomando ao sonho em si. Assim, logo que cheguei na casa, percebi que eu estava de certo modo fugido, não como um bandido, mas que eu estava tentando fugir do mundo e da minha família. Lembro-me de ter trazido o meu celular e o da minha mãe, com o objetivo na cabeça de que se eu pegasse o celular dela, ela não teria como me ligar, lógica de sonho. Lembro-me também que de princípio eu comia banana, pensava em que cozinhar para uma refeição, enquanto eu estava estudando, talvez grego. Recordo-me agora que parece que havia muitos livros e papéis jogados pela casa. Jogados não, organizados. Lembro que escrevi alguns poemas e alguns editoriais, não sei o que, mas sei que eu tinha na cabeça em como enviar aquilo para alguém, que não sei se exatamente existia.
Nesse meio tempo, lembro de ter ficado uns 3 dias nessa casa, não sei o que fiz. Mas sei que estudei e li bastante, fui algumas vezes visitar a selva e que em uma dessas vezes um macaco tentou fugir: ele saiu pela porta da selva e saiu "andando" pelo teto liso do quadrado branco. Quando eu digo macaco, é macaco mesmo. Aqueles orangotangos. Aaah, lembro-me agora que esse macaco que fugiu era igual ao do filme "O hóspede quer banana". Nostalgia, eu tinha esse filme em vídeo-cassete.
A partir daí o sonho começa a ter um certo sentido, pois olho pela janela da frente da casa e vejo que uns 2 carros com pessoas de família chegaram. Todos ficaram dentro do carro, exceto minha mãe. Ela, que saiu com seus intocáveis cabelos de fogo, que tentam forçar uns cachos, e seu velho vestido branco com rosinhas. Lembro que meu pai ficou olhando com uma das mãos do lado de fora do carro, como aqueles caminhoneiros. Ela chegou ao portão e ficou me chamando. Nesse momento, eu olhei para o lado e troquei uns olhares de questionamentos... com aquele macaco que tinha fugido...
Acredito que o sonho não tenha acabado aí, nem que eu só tenha sonhado o que agora me lembro. Melhor, tenho certeza que o sonho tinha muitos detalhes e que o sonho não acabava aí. Mas é até essas reticências que minha mente limitada e infeliz consegue lembrar.
Sonho na madrugada do dia 02.06.2016
-Jonatas Carlos
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