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Os recursos naturais que uso para descrevê-la estão se acabando, chama o cupido

Os recursos naturais que uso para descrevê-la estão se acabando, chama o cupido

Quão incrível natureza
De Deus bela feitura
Agora esconde a tristeza
No meio de tanta fartura...
Pois o que era pra ser vivida
É tão somente observada
E consumida pela espera.

É um amor escrito
Por um consumo linear
Num sistema finito...
E se eu não te alcançar
Com tais recursos escassos?
Será que com esses passos
Poderia o amor aguardar?

Sistema que não é ciclo!
Com perguntas sem respostas...
Pois coloquei em todo ambiente
Com essas linhas tortas
Em ti meu pensamento
Que agora fica ao alento...
Mas o amor tudo suporta!

Versos forçados
Pois sou surdo e mudo
Não sei escrever
E agora neste mundo
Nesse cinema sem falas
Sempre desencontras
Aquela pele de veludo.

Voltando a escassez...
O que falta utilizar?
Já que humano é bicho burro
Pois sabendo que vai findar
Ama e não recicla
Quer e não re(utiliza)
Até um dia acabar...

Ah, nuvem querida,
Preciso me desculpar
Pois o terceiro 'R'
Não vou utilizar
Reduzir? Nem pensar!
Pois eu vou lhe esperar
Até a água findar
E até a última gota
Do oceano secar.

Me perdoem, ambientalistas,
Mas esses recursos serão
Em versos esgotados
Pois com tanta paixão
Continuarei a d(escrevê-la)
Que é presenteá-la
Até o mar virar sertão.


-Jonatas Carlos, 03.09.2016









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