Segundo o filósofo Grego Aristóteles, a virtude é o meio
termo entre os opostos. Nessa perspectiva, é possível notar que o problema
relacionado aos partos no Brasil consiste no desequilíbrio entre os a busca
desenfreada pelas cesáreas em detrimento aos partos normais, mesmo quando
necessários. Esses, ainda impulsionados por desejos e presunções de um
lucrativo mercado.
Do ponto de vista
pragmático, o parto cesariano não é um problema em si, uma vez que apresenta
uma série de benefícios. Entre eles a possibilidade de evitar partos normais
que seriam considerados de risco, conforto para a gestante e rapidez no parto.
Por esse último, no entanto, as cesáreas podem tornarem-se um sério problema de
saúde pública.
Nesse contexto, em
busca de satisfazer o mercado das maternidades e obstetras – os quais encontram
velocidade através das cesáreas – tanto as mães quanto os bebês sofrem sérios
perigos. Só pelo fato da cesárea ser uma cirurgia, ela já traz consigo fatores
de riscos como infecções, inflamações e variadas complicações cirúrgicas. Além
disso, existe a real possibilidade de o tempo biológico do bebê ainda não estar
no tempo certo. Desse modo, acarreta problemas para as mães e ainda mais para
os recém-nascidos.
Observa-se, portanto, que a precariedade da saúde pública
está intrinsicamente relacionada a desvirtude tanto dos pais quantos das
instituições ligadas à maternidade. Sendo assim, faz-se necessária a ação do
governo junto ao conselho de medicina, com o objetivo de controlar o crescente
número de cesáreas, através de uma maior fiscalização dos obstetras e hospitais,
sendo coibido o tal parto quando desnecessário. Ademais, cabe a mídia
juntamente com ONGs a criação de propagandas e criação de cartilhas educativas,
sendo nessas expostas os direitos e deveres das gestantes, assim como também
apresentar as vantagens e desvantagens dos tipos de partos. Dessa forma,
equidista os extremos entre os partos e garante a saúde e a vida de seus
envolvidos.
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