Sociedade malabarista
Segundo o filósofo Grego Aristóteles: “A virtude é o meio
termo entre os opostos”. Nessa perspectiva é possível notar que o problema
relacionado à intolerância no Brasil contemporâneo consiste no desequilíbrio
entre as instáveis linhas da liberdade de expressão e a libertinagem a partir
do seu uso.
Nesse contexto, é
válido considerar, antes de tudo, que o Brasil tem um recente histórico de
repressão e censura. Desse modo, defender a liberdade de expressão diante de
qualquer circunstâncias é, até certo ponto, considerado natural nessa
sociedade. Sendo, dessa forma, muitas vezes defendida de maneira irracional,
desvirtuada e muitas vezes acompanhada de uma contemporânea inércia política.
Como consequência,
por detrás de uma falaciosa liberdade de expressão, muitos cometem graves
desvios éticos e morais, entre eles, a intolerância diante de um discurso de
ódio. Sendo necessário, portanto, a coerção desses através da aplicação das
leis para que seja garantido o bem comum da sociedade, assim como afirmou
Montesquieu ao dizer que a liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis
permitem.
Observa-se, portanto,
que a equidistância entre os extremos entre a censura e a depravação é a
essencial virtude para o progresso do país. Sendo assim, cabe ao governo não só
buscar manter o equilíbrio através da punição daqueles que utilizarem suas
liberdades para romperem o contrato social, como também criar medidas
socioeducativas para esses. Além disso, cabe aos familiares e, sobretudo, aos
professores, a educação no que se diz respeito aos direitos e deveres de todo o
cidadão. Essas ações, além de corroborarem para a criação de um país
socialmente equilibrado, também criam um ambiente favorável para a manifestação
das virtudes Aristotélicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário