A mitologia, outrora usada para explicar a realidade através do sobrenatural, foi gradativamente substituída pelo naturalismo do pensamento filosófico-científico. O início dessa forma de pensar é atribuída a Tales de Mileto, considerado o pai da filosofia. A transição do mito para a ciência se dá basicamente pelo inconformismo com a maneira antiga do pensamento que já não explana o mundo e seus fenômenos de modo satisfatório.
Tendo como berço a antiguidade grega, a filosofia nasceu como o objetivo de compreender a realidade com base na reflexão e na racionalidade. Dessa forma, a sociedade passou a buscar a justificativa no mundo - que é considerado autoexplicativo - e na sua natureza, se estruturando em fatos e deixando para trás o misticismo em que consistia o conhecimento.
O pensamento filosófico-científico foi impulsionado não somente pela decadência do mito, mas também pelo crescimento das atividades comerciais e políticas: a sociedade se tornava cada vez menos apegada ao abstrato.
Este novo modelo de pensamento ganhou características e fundamentos, entre eles estão:
- physis - a natureza como foco do estudo e o natural se torna parte essencial na busca pelo conhecimento;
- causalidade - também baseada em fenômenos naturais, buscava atribuir todo efeito a uma causa precedente;
- arché - propõe a indicação de um elemento básico e inicial para o desenvolvimento da causalidade; cosmo - está relacionado à ordem e beleza firmadas na racionalidade;
- logos - trata-se de uma narrativa ou discurso baseado na realidade comprovada;
- caráter crítico - este ponto torna as ideias discutíveis e abertas a mudanças através da argumentação.
- Resumo feito por Carolaine Marinho do cap. 1 do livro Iniciação à história da fiolosofia
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